O ministro da Saúde, Marcelo Castro, considerou que a recomendação do
Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos,
para que mulheres americanas grávidas avaliem a ida para países onde há
circulação do vírus Zika, entre eles o Brasil, não se trata de uma
determinação para que não viagem para esses locais. Na avaliação dele, é
uma recomendação para tomar os devidos cuidados, da mesma forma que o
ministério vem fazendo no país.
“Acho uma decisão prudente
[do CDC dos Estados Unidos]. Aqui no Brasil as pessoas estão se
precavendo e nós estamos recomendando todos os cuidados que o CDC está
recomendando”, disse, durante a apresentação do kit NAT Discriminatório para Dengue, Zika e Chikungunya, na sede da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.
Castro esclareceu que não recomendaria a um estrangeiro evitar
uma viagem ao Brasil, para não correr risco de contrair a doença, e
destacou que de maneira nenhuma é o caso de deixar de vir ao país. “A
estrangeira que vier ao Brasil para engravidar, ou já vier grávida, é a
mesma situação de qualquer brasileira. [Deve] tomar todas as
providências necessárias para não ter contato com o mosquito Aedes
aegypti [transmissor da zika, dengue e chikungunya]”, concluiu.
Castro
destacou que a vontade de engravidar tem que ter uma decisão
responsável e discutida entre a família, e no momento em que o Brasil
passa por uma epidemia de microcefalia causada pelo vírus, que chegou ao
país em maio de 2015, os cuidados de todas as gestantes terão que ser
reforçados. “A gestante deve fazer todas as ações necessárias para que
não seja picada pelo mosquito durante a sua gestação”, disse ele.
Entre
as recomendações estão vestir calças, roupas de mangas compridas e usar
meias e sapatos. “Ou seja, cobrir o máximo as partes do corpo, usando
repelente e tomando providências para que não entre em contato com o
vírus”, completou.
O ministro lembrou que as
crianças que nascem com a doença farão parte de uma geração de pessoas
que sempre precisarão de cuidados especiais. “São pessoas que vão sempre
precisar de auxílio, de apoio de outras pessoas, familiares, de
fisioterapeutas, de médicos. Então, é realmente uma situação gravíssima,
e temos que fazer todo o esforço para evitar o máximo que isso
aconteça. A nossa expectativa é de que venceremos a batalha final quanto
tivermos uma vacina eficaz”, indicou.
Apesar de
reconhecer que existe também no país uma epidemia de chikungunya, ele
ressalvou que no momento o grande foco das autoridades de saúde é a
zika, por causa da microcefalia. “Estamos preocupados com a dengue?
Estamos. Estamos preocupados com a chikungunya? Estamos. Estamos
preocupados com a zika? Preocupadíssimos, porque a gravidade é muito
maior, mas tanto faz uma como a outra, a maneira de combatê-las é uma
só: evitar que o mosquito venha a nascer."
Castro
disse que tem costume de fazer caminhadas pela manhã, em Brasília, e
durante o percurso sempre observa se há possibilidade de locais de
reprodução do Aedes aegypti. “Eu já estou neurótico. Ando com um radar
ligado. Vou vendo o tempo todo, se tiver um copo, uma garrafa, qualquer
coisa solta na rua já vou pegando para botar na lixeira. Todos nós temos
que ter este sentimento, porque se o mosquito vier a ser criado e sair
voando é um terror”, avaliou.
Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
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