![]() |
Geraldo Magela/Agência Senado |
O senador Paulo Paim (PT-RS) protestou, na
tribuna do Senado sexta-feira (12), contra os recentes
reajustes dos planos de saúde. O parlamentar informou que vai realizar
uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH) para tratar
do assunto, em razão dos "valores exorbitantes e proibitivos que vêm
sendo cobrados pelas operadoras".
- É impagável. Ninguém consegue mais pagar. A situação é de desespero para milhões de pais de família. Saúde
é um dos setores com os quais a administração pública não pode brincar.
Qualquer descuido e os reflexos sobre a sociedade são devastadores -
afirmou.
De acordo com o senador, os aumentos dos
planos têm ficado sempre acima da inflação e dos reajustes do salário
mínimo. E a situação, segundo ele, é ainda pior no caso dos planos
coletivos, que são a maioria dos comercializados no país. Dos mais de 50
milhões de beneficiários, somente 10 milhões têm contratos individuais.
Em aparte, o senador José Medeiros
(PPS-MT) cobrou atuação do órgão regulador do setor, a Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS), e lembrou que boa parte dos clientes das
seguradoras acabam migrando para o atendimento público.
- E as empresas fazem o diabo para não pagar o SUS, o que prejudica o sistema inteiro - lamentou.
Embrapa
O senador também leu da tribuna uma carta
dos funcionários da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) que se dizem apreensivos com a possibilidade de a instituição
ser transformada em sociedade de economia mista caso seja aprovado o PLS 555/2015, do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
A Embrapa é uma empresa com 100% de
capital público. Se virar uma sociedade anônima, como prevê o projeto da
chamada Lei de Responsabilidade das Estatais, haverá a participação de
investidores privados em seu capital. Para os trabalhadores, isso
colocaria em risco o caráter social da empresa e a deixaria à beira da
privatização.
- Os empregados temem o desmonte da
Embrapa e o risco de a entidade atuar somente para o agronegócio e para
as multinacionais e seja impedida de exercer sua função social, como vem
fazendo há 42 anos - afirmou Paim.
O parlamentar tranquilizou os
trabalhadores, lembrando que o assunto ainda será debatido e ressaltou
que o autor do projeto, Tasso Jereissati, esteve sempre aberto à
negociação sempre que foi procurado.
Fonte: Agência Senado
![]() |
Faça o seu empréstimo consignado! Ligue agora. OI - (84) 98863.6877 / TIM - 99968.8972 / CLARO - 99173.0783 - WhatsApp - 98863.6877 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário