A
continuidade do Programa Educacional de Resistência às Drogas - PROERD
em Natal e no Rio Grande do Norte foi debatida na manhã de hoje (07),
através de uma audiência pública, proposta pela vereadora Eleika Bezerra
(PSDC). Em Natal, coordenadores do programa denunciam a transferência
dos policiais que executavam as atividades e o risco de descontinuidade
do programa. Participaram do debate policiais, vereadores, líderes
comunitários, educadores e representantes de escolas de outros
municípios.
O
PROERD foi criado para prevenir nas escolas o uso e tráfico de drogas,
bem como todas as formas de violência, trabalhando sobre as causas do
uso de drogas lícitas e ilícitas, estabelecendo sobre os riscos
decorrentes da dependência química e orientando as crianças,
adolescentes, assim como seus pais ou responsáveis, acerca da busca de
soluções e medidas eficazes quanto à resistência às drogas. Porém, de
acordo com a tenente coronel Margarida Brandão, que coordenada o
programa, os 24 policiais que executam o programa em Natal foram
transferidos para o trabalho ostensivo em cidades do interior. "Desde
novembro os policiais tem sido retirados e hoje o PROERD está parado.
Além disso, todo o investimento em materiais, com 90 mil livros,
instrumentos musicais estão sem utilidade. Vamos entrar com um pedido no
Ministério Público para que possa nos ajudar a não acabar com o
PROERD", relata.
O
capitão Leonardo Araújo, do Comando de Policiamento Metropolitano,
explicou que foi necessária uma transferência de policiais para atender a
demanda do trabalho ostensivo da polícia militar em outras áreas, mas
que o PROERD não acabou em Natal. "Há um decréscimo de efetivo e uma
necessidade de repor em algumas áreas realizando essas transferências,
por isso o programa sofreu uma redução. O PROERD não acabou, vai
permanecer em caráter reduzido", disse o capitão.
Para
a vereadora Eleika Bezerra, o governo precisa eleger prioridades. Ela
defendeu que é necessário implantar escolas em tempo integral e que o
trabalho de prevenção tem efeito maior do que o de correção. "Na atual
situação de drogas e violência que estamos vivenciando, considero de
fundamental importância um projeto como o PROERD que atua com uma ação
preventiva. Estamos prontos para ajudar, não para diminuir as ações, mas
para ampliar e fortalecer. Acredito na educação e na educação
preventiva", declarou a vereadora.
Texto: Cláudio Oliveira
Fotos: Marcelo Barroso
Fonte: CMN
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