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PSOL anunciou nesta sexta-feira (4) que adotará posição contrária ao
impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O anúncio veio um dia
depois da Rede de Marina Silva, também se posicionar contra o
afastamento.
A decisão, no entanto, não significa apoio do partido ao governo Dilma,
segundo afirmou o líder da legenda na Câmara, Chico Alencar (RJ).
"O PSOL não apoia o contexto e o conteúdo desse processo de impeachment.
Votaremos contra na comissão e no plenário", disse Alencar.
"O que não significa nenhum apoio ao governo Dilma. Continuaremos a fazer oposição programática, de esquerda", disse.
Segundo o deputado, o partido entende que as chamadas pedaladas fiscais
não são motivo suficiente para afastar um governante. "Para nós, no
mérito, pedalada em si é insuficiente para produzir impedimento de
governante, até porque ela está dentro de uma concepção de orçamento, de
ajuste fiscal, de meta superavitária, que para nós não é dogma
absoluto", disse Alencar.
Além disso, Alencar diz haver um "vício de origem" na deflagração do
processo, em referência às acusações feitas pelo PT de que o presidente
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ameaçava iniciar o processo caso o
partido não garantisse votos pelo arquivamento do processo contra ele no
Conselho de Ética.
Também nesta sexta-feira, o PDT anunciou sua posição contrária ao
impeachment de Dilma. Em nota assinada pelo presidente do partido, o
ex-ministro Carlos Lupi, a legenda afirma: "O PDT diz não ao golpismo e
reitera que vai lutar contra ele, com todas suas forças", diz o texto da
nota.
Na nota, o partido classifica como "atitude irracional" a decisão de Cunha de aceitar a denúncia do impeachment.
Fonte: Uol
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