domingo, 3 de março de 2013

Jenipabu encara período de decadência

DO NOVO JORNAL

Vazia em plena alta estação. Bugues e bugueiros parados, à espera de turistas para um passeio nas dunas mais famosas do Brasil. Vendedoras de artesanato sem comercializar uma peça sequer por até três dias. Pousadas e hotéis fechados, casas de portas cerradas com placas de aluguel. Essa é a Jenipabu de hoje, que amarga a pior alta estação dos últimos tempos.

Cenário de filmes nacionais, como os que foram estrelados pelo Padre Marcelo Rossi, e de programas globais, como os de Ana Maria Braga e Luciano Huck, há alguns anos a praia do litoral Norte , a 20 KM de Natal, era refúgio de descanso de expressivas lideranças políticas do estado, como os ex-governadores Geraldo Melo e Garibaldi Alves, que ali tinham casas de veraneio. No entanto, quem freqüentou a praia há dez, 15 anos, não a reconhece mais. Abandonada por turistas e natalenses, Jenipabu pede socorro.
Foto: Argemiro Lima/NJ.
Argemiro Lima/NJ
Pouca movimentação na beira-mar e na rua principal da comunidade, a Vereador Ricardo Afonso, onde muitos imóveis estão à venda

O grito de alerta foi lançado por comerciantes e moradores da praia, que realizaram na semana passada uma manifestação para exigir dos poderes públicos melhorias para o destino turístico que já chegou a ser um dos mais procurados do Nordeste.

A comerciante Vânia Souza Pires, nascida e criada na praia, vende artesanato à beira-mar há 25 anos, mas nunca viu um verão como o de 2013. Segundo ela, as vendas caíram até 70% na pequena tenda que monta todos os dias na areia da praia. Antes, quando chegava a alta estação, apurava até R$ 700 por dia. No mês passado levou 15 dias para vender R$ 700.

“Antes tinha dia de chegar quatro, cinco ônibus lotados de gente por aqui. A gente perdeu esses turistas. Os poucos que chegam, estão só de passagem e não compram nada”, desabafa.

A mesma reclamação tem a vendedora Marilac Ferreira, que diz ter perdido 50% das vendas neste verão. “Não houve alta estação esse ano”, diz enfática. Para ela, faltou divulgação de Jenipabu no resto do país. “É como se não existisse nas agências, eles não vendem”, acrescenta.

Marilac costumava faturar entre R$ 600 e R$ 800 por dia na alta estação, mas disse que, um dia antes de a reportagem visitar a praia, tinha feito R$ 139 com muito esforço. Para a comerciante, assim como para a maioria dos nativos que sobrevivem do turismo em Jenipabu, o problema não foi só a falta de divulgação.

Além de abandonada pelo poder público, eles culpam uma obra da Prefeitura de Extremoz, que começou em novembro e até agora não foi concluída. A construção de uma praça bem no centro da praia, em frente à igreja, estaria impedindo os turistas de terem acesso à beira-mar e diminuindo gradativamente a movimentação.

As obras fazem parte do Projeto Orla, do governo federal, orçada em R$ 680.950,19, mas que há pelo menos dois anos não anda por conta de problemas com as desapropriações de dois terrenos, onde atualmente funcionam estacionamentos privados. Em outubro, porém, a Prefeitura começou a construção da praça, exatamente onde antes era o acesso à praia. Até hoje não concluiu a obra e os comerciantes acreditam que o fracasso do verão se deve em grande parte à desorganização no andamento do projeto.

“O turista chega aqui e não tem por onde chegar à praia. Eles estão indo para outros lugares e matando o nosso comércio”, emenda Marilac. No local onde a praça está sendo construída, antes funcionava um ponto de táxi e um estacionamento aberto ao público. Era por onde geralmente os turistas desciam para chegar à praia e encontrar os bugueiros.

Há 15 anos em Jenipabu, a comerciante Eliana de Souza também sofre. As vendas, diz, caíram 40% nesta alta estação. Mas o maior problema não foi esse. Segundo ela, depois que a Prefeitura construiu a praça por cima da areia que havia no local, toda vez que chove algumas lojas de artesanato no entorno da praça alagam, inclusive a dela. Diante do baixo faturamento, a comerciante diz que vai “ter que se virar” para pagar as contas. Assim como Vânia, que já está lavando roupa, vendendo mercadorias Tupperware e limpando os banheiros públicos da praia para conseguir um trocado.

Bugueiros reclamam dos prejuízos
O vendedor de passeios de buggy Marcelo Souza acredita que a procura tenha diminuído 50% neste verão. “Faltou divulgação e investimento da prefeitura. Aqui não tem nada, não tem estrutura. Os turistas foram embora”, argumenta. Em uma época como essa, o vendedor diz que a empresa fatura R$ 40 mil por mês, mas neste verão só arrecadou a metade. Há cinco anos trabalhando na praia, ele diz que nunca viu um verão tão fraco como este. A situação é de abandono. 
Na beira-mar, três barracas fecharam em plena alta estação. São 14 no total, mais três sorveterias e 17 de artesanato. No dia em que a reportagem esteve na praia, porém, todas as 17 estavam fechadas. Segundo Vânia, para ela ficou melhor tomar conta do mercadinho do irmão do que armar a barraca de produtos artesanais. “Sábado passado eu vendi uma canga. Em uma semana inteira, só apurei R$ 60. Não tem vantagem vir pra cá”, diz.

O bugueiro e dono de pousada José Gomes da Silva é taxativo. “Não tivemos alta temporada este ano”. A entrada dos turistas pelo centro da praia, que hoje está interditada por conta das obras, é apontada por ele como um dos principais problemas para o fracasso. O movimento caiu em torno de 20%, de acordo com o aposentado. Ele costumava fazer sete passeios por semana e agora precisa se contentar com um ou dois no máximo, o que reduziu o faturamento à metade. O problema, entretanto, é antigo. Para José Gomes, Jenipabu vem numa decadência há pelo menos quatro anos.

“É muita casa para vender abaixo do preço e ninguém compra. Na minha pousada, eu chegava a ter 100% de ocupação no verão, agora não passa de 60%”, detalha. No último final de semana, quando o NOVO JORNAL esteve na praia, a pousada de Gomes só tinha um casal hospedado. “É um prejuízo grande, os impostos só aumentam e a gente não recebe mais turistas”, reclama. Fechar o negócio, ele não pensa; até porque, depois de aposentado, precisa continuar trabalhando para sustentar os quatro filhos.

Barraqueiros vendem menos

Francisca de Oliveira, mais conhecida em Jenipabu como Chica, tem uma barraca na praia há 33 anos. Todo verão ela fatura alto, chegando a contabilizar R$ 30 mil em seu caixa ao final de um mês como janeiro. Este ano, o montante não alcançou os R$ 10 mil. “Foi o pior veraneio de todos os anos que eu estou aqui. Essa obra prejudicou muito a gente, porque eles começaram bem na alta estação e não deixaram nenhuma entrada para a praia”, reclama. Para Chica, o maior pecado de Jenipabu é a falta de estrutura. 
“Não tem nada aqui, a prefeitura não investe. Não temos um calçadão, não organizam as barracas. Esses banheiros públicos só existem porque nós pagamos para alguém limpar”, enumera. O comerciante Wellington Barbosa, que além de bugueiro é dono de uma barraca à beira-mar, diz que este verão não foi bom para ninguém. Não só em Jenipabu, mas no Estado inteiro, ele acredita que o turismo tenha ficado em queda neste início de 2013.

O movimento na barraca caiu 40% e, se antes ele faturava R$ 800 por dia, dessa vez não chegou a R$ 500. Até as casas para alugar está difícil, diz Barbosa. “Antigamente existia o veraneio, aí foi diminuindo a cada ano e os turistas foram sumindo. Não existe vida noturna em Jenipabu, os jovens mesmo perderam o interesse de vir para cá. Outras praias ganharam a preferência”, explica.

A reportagem percorreu a principal rua de Jenipabu, a Vereador Ricardo Afonso, e constatou inúmeras casas fechadas. Algumas com placas de aluga-se, outras de venda. Um condomínio de casas estava completamente fechado, sem nenhum ocupante em plena alta estação. Um das pousadas mais tradicionais da praia, a Palm Beach, está à venda. Na beira-mar, poucas casas conseguiram ser alugadas. Os moradores dizem que os preços caíram, mas ainda assim ninguém consegue fechar negócio.

Sorte só com as belezas naturais
A comerciante Ilza Maria de Oliveira está há um ano apenas na praia e ficou decepcionada com as vendas realizadas no mês de janeiro. “Essa obra prejudicou muito o comércio”, acredita. Enquanto construía a calçada da praça, a prefeitura teria colocado telas de proteção ao redor da obra, o que impediu muitos turistas de entrarem nas lojas, segundo Ilza. As vendas, emenda, foram apenas metade do que ela e o marido esperavam. “Estamos pedindo socorro às autoridades porque pagamos nossos impostos direitinho e queremos ver a praia cheia de gente”, apela.
A sorte dos nativos, diz Ilza, é que Jenipabu é muito bonita e ainda atrai muita gente somente pela beleza natural. Foi exatamente pela beleza que a Rede Globo decidiu fazer na praia as gravações da próxima novela das seis, Flor do Caribe, com estreia marcada para o próximo dia 11. A esperança dos nativos é que com a divulgação proposta pela novela, os turistas voltem a procurar Jenipabu. “Vai ajudar muito, mas precisamos de estrutura. É preciso organizar as barracas, capacitar o pessoal”, acrescenta Ilza.

A vendedora de artesanato Leônica de Oliveira vai ter que arcar com um prejuízo de R$ 5 mil. Investiu pesado em mercadoria para vender na alta estação, mas viu que não comercializou nem 30% do que pretendia. O prejuízo é duplo porque o marido da comerciante é bugueiro e também vive um dos piores verões de todos os tempos. Para ela, que está há dois anos na praia, falta investimento em divulgação do poder público. “A obra também atrapalhou muito”, emenda.

Movimento fraco também nas dunas 
Para quem trabalha em cima das dunas, esta também foi a pior alta temporada de todos os tempos. Há 20 anos trabalhando na praia com o sandboard e skyduna, Geraldo Carlos diz que em anos anteriores chegava a fazer 20 passeios por dia. Nesse verão, se fez a metade foi muita coisa. A freqüência de turistas diminuiu neste verão, e, segundo ele, muito por causa da péssima divulgação que Natal teve no noticiário nacional com os problemas registrados no calçadão de Ponta Negra.
Na última quinta-feira (28), o movimento estava tão fraco que Manoel Messias Freire, há 20 anos também trabalhando no local, aproveitava para tirar um cochilo. Lindemberg Pires, há cinco anos na praia, também confirma a queda no movimento. “Todo ano cai, mas agora a queda foi muito maior”, diz.
A gerente do Dromedunas, Marilda Gomes, também confirma a diminuição na procura pelo passeio de dromedário. De acordo com ela, antigamente se fazia uma média de 80 passeios por dia (cada um sai por R$ 90); neste verão o número caiu para 50. A praia é bonita, mas falta infraestrutura na opinião da comerciante. “Não temos um restaurante bom, banheiros, nem caixa eletrônico para o turista sacar dinheiro. Isso afasta muita gente”, acredita.

A sujeira da praia é outro problema relatado por Marilda e confirmado pelo comerciante José Geraldo da Silva, que diz ele mesmo cata o lixo todos os dias porque não há coleta na região. Geraldo vende balas e picolés próximo do Bar 21, outro ponto turístico histórico da praia e que perdeu público nos últimos anos. O bar só funciona durante o dia porque, segundo a gerente Karen Cariolano, não há iluminação na praia à noite. Segundo ela, o movimento deste ano caiu em relação ao ano passado. “Ontem (quarta, 27) não apareceu ninguém. Abrimos, mas não tivemos nenhum cliente”, diz.

“Toda obra causa um transtorno”, diz prefeito
O prefeito de Extremoz, Klauss Rêgo, reconhece os transtornos causados pelas obras, mas diz que não há como realizá-las sem causar problemas. Ele afirma, porém, que todo o projeto foi combinado com a comunidade e que há sinalizações informando os turistas sobre como podem chegar até os bugueiros. “Tomamos todas as precauções. O pior é não fazer a obra. Estamos fazendo isso para levantar o nome de Jenipabu”, argumenta.
O gestor pediu paciência aos nativos, porque os resultados virão depois. Segundo ele, o Projeto Orla inclui a instalação de 14 quiosques, um boxe para a Associação de Bugueiros e um Centro de Artesanato para os comerciantes da região. O projeto também inclui a praça, que ainda está à espera de ser finalizada. A demora, entretanto, se deve a problemas com a desapropriação dos terrenos. Um deles, hoje um estacionamento, está sub judice e ainda não se sabe quando o caso será resolvido. A expectativa é concluir toda a reurbanização até o fim do semestre.

“Estou há mais de dois anos nessa luta com as desapropriações”, explica o prefeito. Os terrenos foram avaliados em R$ 96 mil e R$ 192 mil. Um deles já foi pago.

Rêgo reconhece a decadência amargada por Jenipabu e atribui o abandono à gestão passada da Prefeitura de Extremoz. Diz que quando assumiu a gestão, em 2009 (ele foi reeleito no ano passado), não só Jenipabu estava abandonada, mas todo o município. “Fizemos um planejamento de trabalho para primeiro organizar a comunidade, porque não tinha saúde, educação e assistência social que funcionasse. Há 17 anos não tínhamos hospital em Extremoz e não nascia uma criança sequer na cidade, hoje isso acontece. Organizamos tudo primeiro porque entendo que não existe desenvolvimento turístico se o povo não estiver satisfeito”, argumenta.

Agora, a ideia é consolidar o turismo na região até o fim de seu mandato. Klauss Rêgo quer que as praias do município de Extremoz – Jenipabu, Redinha Nova, Santa Rita, Barra do Rio, Graçandu e Pitangui – deixem de ser apenas uma passagem para o turista e se tornem destino. Para isso está em estudo uma segunda etapa do Projeto Orla, que dotaria a principal praia do município (Jenipabu) de um calçadão. O objetivo é que, até o meio do ano, se não houver qualquer empecilho com as desapropriações, a primeira etapa do projeto de urbanização esteja concluída.

“Vemos que existem poucas pousadas hoje e temos que recuperar a confiança dos empresários para investir em novas pousadas, como para reabrir as que estão fechadas hoje. Quero terminar meu mandato com o turismo consolidado no Litoral Norte”, projeta. O prefeito admite que o turista que visita Jenipabu geralmente está só de passagem e não deixa qualquer ganho para o município. “Eu quero que permaneça aqui, temos uma riqueza histórica muito grande que precisa ser explorada”, diz. A meta é no futuro próximo no mínimo duplicar a quantidade de turistas que vai hoje a Jenipabu na alta estação.

Para cada 100 passeios vendidos 
para Pipa, um é para o litoral Norte
Os turistas que antes tinham Jenipabu como destino, agora preferem o Litoral Sul. Para cada 100 pacotes vendidos para Pipa, um é para as praias do Norte. O dado é da presidente da Associação Brasileira de Agentes de Viagens (Abav) no RN, Diassis de Holanda. Não há números mais concretos que mostrem a decadência, mas ela diz que a procura pela praia famosa pelas dunas diminuiu muito nas agências. Segundo Diassis, os próprios bugueiros foram aos poucos deixando de parar na praia por conta da falta de restaurantes, banheiros, quiosques e infraestrutura mínima para os turistas. 
Foto: Argemiro Lima / NJ.
Argemiro Lima / NJ
Pousadas em Jenipabu, como palm Beach, estão sendo colocadas à venda
“Os bugueiros simplesmente passam e mostram. As pessoas que ainda vão para lá são os rodoviários, que promovem excursões. Geralmente são pessoas das proximidades”, diz. Esses turistas não movimentam a cidade com compra de artesanato, muito menos com os passeios de buggy. De acordo com Diassis, isso não acontecia antes. Anos atrás, a praia chegou a contar com uma boa estrutura de restaurantes. “Era mais organizado. Hoje é tudo bagunçado”, acrescenta.

O Governo do Estado, por sua vez, não fala em decadência, mas em uma “perda da qualidade da praia”. Segundo o secretário estadual de Turismo em exercício, George Lima, a ocupação desordenada ocorrida na praia com as barracas e tendas contribuiu para afugentar o turista da região. A falta de banheiros é outro ponto levantado por ele. Os banheiros, aliás, existem, mas são mantidos pelos barraqueiros. “O turista chega e não vê a praia logo de cara, vê um monte de barracas mal construídas. Estive lá três meses atrás e é realmente um trabalho que precisa ser feito”, reconhece.

A divulgação, porém, não deixou de existir. O governo tem hoje dois materiais de divulgação, entre eles o Guia Natal, apoiado pelo Estado, em que Jenipabu aparece como um dos pontos turísticos. Um dos problemas apontados por George Lima é que o RN teria perdido turistas para cidades vizinhas como Fortaleza, João Pessoa e Recife, o que estaria se refletindo também em Jenipabu. Mas os números mostram o contrário.

De acordo com dados da Infraero, o número de visitantes cresceu 66% nos últimos cinco anos. Em janeiro de 2007, 164.858 turistas nacionais e internacionais desembarcaram em Natal. Em janeiro de 2012 – os números deste ano ainda não foram consolidados – a cidade recebeu 274.492 turistas. Entre os visitantes domésticos, o incremento foi de 90% nos últimos cinco anos. A única queda registrada é no índice de turistas internacionais – a presença deles diminuiu 52% nos últimos cinco anos. Em janeiro de 2007 desembarcaram em Natal 27.872 passageiros internacionais, contra 13.199 de janeiro do ano passado.

A estimativa do prefeito de Extremoz Klauss Rêgo é que 80% dos turistas que vêm para Natal passem por Jenipabu. Se o dado estiver correto, Jenipabu recebia em 2007 uma média de 131 mil turistas em janeiro e deveria estar recebendo agora algo em torno de 219 mil. Mas, segundo os comerciantes ouvidos pela reportagem, este foi o pior verão de todos os tempos. Não houve alta temporada para a maioria deles.

Os hotéis e pousadas que existiam na praia estão vazios ou fechados. Alguns ainda funcionam, mas têm placa de vende-se em seus terrenos como o Palm Beach. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do RN (ABIH) foi procurada pela reportagem, mas a assessoria de imprensa informou que não há números a respeito dos estabelecimentos de Jenipabu porque nenhum deles é associado à entidade.

O secretário estadual de Turismo em exercício acredita que a obra que está sendo tocada pela Prefeitura de Extremoz irá mudar essa realidade. Embora já esteja gerando controvérsia entre os nativos, Lima aposta que as mudanças irão agradar a pelo menos 90% da população local. Ele diz, porém, que se o projeto tivesse começado há mais tempo, nada disso teria acontecido. Autorizado em setembro de 2012 pelo governo federal, o projeto de urbanização só foi iniciado em outubro e até agora não foi concluído porque esbarrou nas desapropriações.

“O projeto nos permite corrigir esses erros do passado e promover Jenipabu de forma organizada para que na alta estação em julho estejamos prontos para receber os turistas de forma ordenada”, emenda Lima. A expectativa da Prefeitura é concluir a reurbanização até o meio do ano, mas tudo depende da decisão judicial que gira em torno de um dos terrenos que precisam ser desapropriados.

O Estado quer agora correr atrás do prejuízo. Está investindo R$ 70 mil no apoio à confecção do Guia Natal em QR code, que será enviado para agências de viagens de 155 países e traduzido para cinco idiomas. Jenipabu, claro, está incluída na divulgação. “Queremos voltar ao patamar que tínhamos antigamente, trabalhando profissionalmente para atrair os turistas de volta para cá. Existe a possibilidade de sair uma emenda parlamentar de R$ 27 milhões que serão utilizados unicamente para divulgação”, acrescenta Lima.

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