sábado, 9 de março de 2013

Fernando Mitre fala sobre a preparação da Band para 2013

O jeito “quietão” do mineiro Fernando Mitre esconde um humor afiado. E é assim que ele também conduz sua vida profissional, acompanhando de perto o que é notícia e revelando, nos bastidores o que não mostra no vídeo. Mitre, que acaba de assumir o cargo de Diretor de Jornalismo e Esportes de todos os veículos do Grupo Bandeirantes, também é comentarista do “Jornal da Noite” e apresentador do programa “Canal Livre” e diz se sentir mais à vontade fazendo jornalismo nos bastidores, cobrando e contribuindo com os colegas sem precisar se expor em horário nobre. “Meu perfil é de uma participação mais reflexiva, mais final de noite”, pondera.
Nascido na cidade de Oliveira, o jornalista começou a escrever para jornais da sua cidade aos 16 anos. Com 19, já era editor de “Internacional” do Correio de Minas, em Belo Horizonte, e um ano depois assumia o cargo de secretário de redação do mesmo jornal. Passou pelas faculdades de Direito e Economia até se mudar para São Paulo (SP), onde concluiu o curso de Letras na PUC e colaborou para a criação do extinto Jornal da Tarde, onde foi chefe de redação por três vezes. “Tenho uns 20 anos de universidade, mas não sou exemplo pra ninguém. Eu nem contava isso pros meus filhos quando eram mais jovens porque era um mau exemplo”, brinca.

Perto de completar 70 anos, Mitre se entusiasma ao falar sobre os debates presidenciais, critica a beleza gratuita no jornalismo de televisão e se surpreende com a sua crescente popularidade, proporcional ao sucesso do personagem Fernando Litre, interpretado pelo ator Eduardo Sterblitch no programa “Pânico na Band”. “Se o Litre teve algum impacto na minha vida? Ô!”, diverte-se.

Em sua sala no primeiro andar da central da Band, no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo, Mitre tem vista para toda a redação, pequena diante do número de profissionais que coordena – são 30 emissoras em todo o país. Entre eles, alguns polêmicos, como o jornalista José Luiz Datena, “provavelmente o maior comunicador de notícias da televisão brasileira”. “Datena é polêmico sim, e ainda bem. Quando ele saiu [da Band para a Record, em 2011, onde ficou apenas 43 dias], eu fiquei muito triste. Quando voltou, fiquei muito feliz.”

E segue decisivo, desta vez ao falar sobre a perda do colega e amigo Joelmir Beting, morto em novembro do ano passado. “Ele é insubstituível. Eu não vejo ninguém com condições de fazer o que ele fazia. Foi uma perda brutal, absurda. Nem entendi muito bem o que aconteceu”, diz.

IMPRENSA – A Band tem tradição em cobertura esportiva. Com a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, quais as expectativas da emissora?
Fernando Mitre - Estamos com um planejamento espetacular, nós vamos fazer uma cobertura maravilhosa não só na Copa das Confederações, como na Copa do Mundo, que é a tradição da Band. O desafio da Band, assim como nas Eleições, me lembra um pouco esses grandes eventos esportivos, porque a cada evento você tem de dar um salto de qualidade, e o desafio só aumenta. Se você pegar a cobertura de Eleições da Band, que pra mim é uma das marcas fundamentais do jornalismo da emissora, os nossos resultados no período eleitoral são os melhores possíveis, e os nossos debates estão se modificando.
O que acha do jornalismo que está sendo feito hoje na TV ?
Há vários tipos de jornalismo. Os telejornais clássicos do horário nobre, que dão o noticiário com as matérias sempre buscando resultados de audiência, têm uma abordagem e tratamento diferentes dos jornais de fim de noite, que sem dúvida nenhuma vão ser cada vez mais reflexivos, enquanto os do horário nobre serão cada vez mais rápidos, feitos com painéis completos, prestígio e credibilidade, como é o caso do “Jornal da Band”.
Fonte:  portalimprensa

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