sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Vida saudável: Entenda como combater o colesterol

 
Viver de acordo com os padrões considerados saudáveis nem sempre é uma tarefa fácil. O que comer, como se exercitar e quais exames fazer para estar em dia com a saúde são dúvidas frequentes na cabeça de muitas pessoas. Outras questões, entretanto, não dependem apenas de uma rotina de hábitos. É o caso dos altos níveis de LDL do sangue, conhecido como colesterol ruim, que podem ser desencadeados tanto por uma má alimentação quanto pela genética.

Não existe um perfil específico de pessoa que tenha maior probabilidade de adquirir a hipercolesterolemia – nome científico da condição. Porém, segundo o cardiologista Carlos Petterson, filhos de pessoas com colesterol alto ou que sofreram infartos e derrames, além de obesos, estão mais propensos a desenvolver níveis altos de colesterol. Porém, o médico alerta que ninguém está totalmente a salvo. “Qualquer um pode passar por isto, mesmo as pessoas aparentemente saudáveis, jovens, e que possuem uma boa alimentação”, explica.

A primeira dosagem de colesterol deve ser feita por volta dos 20 anos de idade. “Caso haja histórico familiar de dislipidemia ou aterosclerose precoce, a análise deve ser feita antes”, comenta Carlos. Quanto à frequência de novos exames para assegurar que os níveis estão corretos, tudo depende dos resultados obtidos na primeira coleta. Assim, avaliada cada condição – desde possíveis tratamentos para combater o aumento até risco cardiovascular – o prazo para um novo exame pode variar de 2 meses a 10 anos.

Entenda

É considerável saudável manter o colesterol bom, chamado de HDL, acima de 40 para homens e acima de 50 para mulheres que, naturalmente, possuem um nível maior desta gordura. O cardiologista explica que em relação ao colesterol ruim, o LDL, é necessário que o médico responsável calcule o risco cardiovascular de cada paciente. “Trata-se da possibilidade de um indivíduo sofrer um infarto, um derrame, ou morrer por doença cardiovascular em 10 anos. Para cada nível de risco há um nível de colesterol LDL recomendado”, detalha.

Fatores como pressão arterial, idade, histórico familiar e tabagismo afetam diretamente as taxas de risco cardiovascular. Na maioria das pessoas, a quantidade de gordura no sangue pode ser reduzida em 15% utilizando apenas uma alimentação adequada e exercícios físicos. Outras, entretanto, necessitam de medicação para auxiliar no processo de redução.
 
Colesterol LDL é considerado prejudicial para a saúde

Lutando contra o colesterol

Fernanda Iserhard, de 22 anos, é um exemplo de que não existem padrões que definem o desenvolvimento da hipercolesterolemia. A estudante de Engenharia Civil realizou tratamento com medicina ortomolecular durante cerca de um ano e, em função disto, realizava exames de sangue regularmente. Em um deles, ela acabou descobrindo que o nível de colesterol LDL estava muito alto. “Com a indicação de um outro médico passei a utilizar medicação”, comenta. No caso de Fernanda, a condição se desenvolveu através da genética e da degradação de colesterol no fígado, uma vez que ela utilizou antidepressivos e ansiolíticos – medicamentos que interferem diretamente nas funções do órgão quando ingerido em grandes quantidades por um longo período.

A fim de combater o colesterol alto em seu organismo, Fernanda se dedicou a seguir uma rotina de alimentação saudável aliada ao uso do medicamento. “Reduzi alimentos como pizza, cachorro quente e fast-food, que consumia apenas nos finais de semana. Nos outros dias, segui um cardápio desenvolvido pela minha nutricionista”, explica. Já a medicação foi utilizada durante dois meses como uma forma de teste, permitindo que o corpo se adaptasse e não se tornasse dependente dela. Infelizmente, a medicação não foi suficiente para reduzir as taxas da estudante. “Vou continuar me cuidando na esperança de que um dia consiga melhorar”, afirma.
 
Foto: Divulgação.
 Divulgação
Fernanda luta contra o colesterol


Alimentação

Segundo a nutricionista Marinez Martin Solon de Pontes, os alimentos que podem auxiliar na redução do colesterol são aqueles ricos em fibra solúvel (pectina), como a maçã, a pêra e a aveia. Assim, a fibra entra em contato com a água presente no organismo e produz uma solução viscosa no intestino que auxilia na diminuição do ritmo de absorção da gordura. No que toca a alimentos ricos em colesterol, a especialista alerta para aqueles de origem animal. “Leite integral, iogurtes, queijos amarelos, carne com gordura, salames e outros alimentos como estes devem ser consumidos com moderação ou evitados, dependendo do caso”, informa.

Marinez alerta que cada situação deve ser avaliada de uma forma individual. “É importante personalizar a dieta. Cada indivíduo é único e deve respeitar esta condição, seus gostos e seus hábitos”, recomenda. Existem pessoas aparentemente saudáveis que necessitam adotar uma reeducação alimentar para combater o colesterol. Nestes casos, a nutricionista afirma que é possível manter o peso balanceado e comer corretamente. “Embora as gorduras sejam a maior fonte de calorias e eles devam ser cortadas, é possível equilibrar o consumo calórico com outras fontes que não interfiram nos níveis de colesterol”, explica.
Fonte: Gaz

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