segunda-feira, 23 de maio de 2016

Empresário afirma ter sido laranja de Romero Jucá em emissora de TV de Roraima

Ministro é acusado de usar laranja para gerir emissora de TV Crédito:Fábio Pozzebom/Agência Brasil
Em depoimento à Polícia Federal (PF), o empresário Geraldo Magela Fernandes da Rocha afirmou que aceitou atuar como laranja do ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), para abrir uma empresa que administrasse a TV Caburaí, de Boa Vista (RR).

De acordo com a Folha de S.Paulo, Magela relatou que em 1999 ele foi "convidado" pelo ministro para assinar um documento de criação da empresa Uyrapuru Comunicações e Publicidade. Além da companhia, Jucá também responde pelas empresas Rede Caburaí de Comunicações e Societat Participações.

O radialista Ronaldo Naves declarou, também em depoimento à PF, ter atuado como gerente operacional da emissora entre 2000 e 2001 e que reportava suas atividades ao empresário e ministro. "Jucá efetivamente participava da gestão da TV Caburaí, inclusive com poder de mando, dando a última palavra na administração da mesma", disse. 

Segundo petição assinada pelo procurador-geral Rodrigo Janot, o uso de um laranja para abrir e gerir uma empresa, se confirmado, poderia configurar "crime de falsidade ideológica, por ser Romero Jucá o verdadeiro proprietário gestor da TV Caburaí".

O procurador também observou que as denúncias feitas por Magela levantam suspeitas sobre “a possível prática, dentre outros, do crime contra a ordem tributária decorrente da doação da declaração de bens para a empresa Societat Participações, pois nada consta da declaração de bens do parlamentar; crime de apropriação indébita previdenciária, diante da ausência de repasse, à previdência social, das contribuições recolhidas”.

O inquérito que investiga Jucá foi aberto em 2010 e tem o ministro Gilmar Mendes como relator. Janot reiterou que a Constituição Federal veda “aos deputados e senadores, desde a posse, ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público”.

Procurado, Jucá informou, via assessoria de imprensa, que ”nunca foi dirigente da empresa referida no processo”, e que ”há uma disputa entre seu filho Rodrigo Jucá e o empresário Geraldo Magela”. O ministro, porém, não deu detalhes sobre a "disputa".

Fonte: Portal Imprensa



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