Dia 22 recente, pela manhã, Micarla de
Sousa sentou e de uma levada só mandou ver 44 páginas contando a versão
de sua história sobre como foi deposta. A ex-prefeita continua
escrevendo e pensa em incluir todos os nomes, casos, fatos e histórias
que passaram por ela no decorrer de seu mandato. Se vai publicar assim a
versão nua e crua, que implica e detona a aura de seriedade de muita
gente, não sabe. Ainda tem dúvidas. Na época de sua saída, Micarla teria
sido procurada por duas editoras nacionais. O volume deve fechar em 200
páginas.
Nele, talvez a prefeita fale sobre
política, fazendo um paralelo entre si e o atual prefeito Carlos Eduardo
Alves avaliando a importância do nome na conjuntura do Governo. Talvez
fale sobre Rosalba, relativizando sua situação com a que viveu na
prefeitura, isolada politicamente. Talvez acabe chegando à conclusão,
que o reino de Rosalba é em Mossoró e chegue mesmo a escrever ou
comentar isso no volume.
A ex-prefeita deve também reservar um
espaço no livro para avaliar o movimento “Fora Micarla”. Certamente ela
considerará o viés político do movimento, apontando alguma ligação com o
partido dos Trabalhadores e ainda com a atual administração municipal.
Deverá contar ainda sobre as traições que considera ter sofrido e sobre
ameaças de morte que chegou a receber. Numa delas, alguém deixou um
recado na antessala da Prefeitura logo cedo pela manhã.
Noutra, uma mulher fingindo-se eleitora,
abraçou a então prefeita e disse, em seu ouvido: “Se cuida”. Por conta
desses avisos, a ex-prefeita chegou a andar com dez seguranças. Ela
também deverá gastar algumas páginas registrando o que considera ter
sido o lado positivo de seu mandato: sede própria e equipamentos para a
guarda municipal, planos de cargos e salários para servidores, carteira
de estudante gratuita, o albergue na Ribeira, Upas e o Proeduc.
FONTE: Novo Jornal
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