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| professora Eleika Bezerra (PSDC) |
A professora A professora Eleika Bezerra (PSDC), de 69 anos, sendo a maior parte
dedicada à melhoria da educação, chega à Câmara Municipal nutrindo as
melhores expectativas. Entretanto, ela disse “estranhar” a mobilização
de lideranças para alterar o que foi pactuado entre os 20 vereadores que
decidiram apoiar a candidatura do vereador Albert Dickson (PP). A
professora disse que esta é a primeira vez que irá vivenciar uma
experiência na Câmara Municipal de Natal e que, no que diz respeito à
eleição para a Mesa Diretora, sua expectativa é que os 20 vereadores que
pactuaram em torno do nome que seria escolhido pelo grupo cumpram o
acordo.
“Estou estranhando essa mobilização das lideranças políticas para
alterar o que foi pactuado. Tomei conhecimento pela imprensa, que
algumas lideranças estavam se mobilizando. É a primeira experiência que
vou viver nessa legislatura, para sentir o compromisso das pessoas.
Vinte vereadores se comprometeram (em apoiar Albert Dickson) e minha
expectativa é que as pessoas cumpram a sua palavra”, afirmou Eleika esta
manhã, em entrevista ao Jornal de Hoje.
A estranheza da professora Eleika se deve às notícias que dão conta
de articulações de lideranças políticas estaduais em torno do nome do
vereador eleito Hugo Manso (PT), que participa de um grupo de oito
vereadores que também pretende lançar candidato a presidente da Casa.
Numa articulação que envolveria a deputada federal Fátima Bezerra (PT), o
presidente estadual do PMDB, Henrique Alves, o prefeito eleito Carlos
Eduardo Alves (PDT), e a vice-prefeita eleita e presidente do PSB, Wilma
de Faria, Hugo passou a substituir Fernando Lucena, até então o
candidato do grupo.
O objetivo deste grupo seria fazer com que os três vereadores do PMDB
e os quatro do PSB se juntem aos vereadores do PT e os apoiadores de
Carlos Eduardo na Câmara, os vereadores George Câmara (PC do B) e Júnior
Grafith (PRB), para eleger a próxima mesa diretora, com Hugo Manso
presidente da Casa.
Para Eleika Bezerra, porém, o sucesso desse grupo seria a quebra do
pacto feito pelos 20 vereadores em torno do vencedor da eleição interna
entre Júlia Arruda (PSB) e Albert Dickson. “Eu fiz parte de uma reunião
onde ficou acertado um pacto. Os dois candidatos, Júlia Arruda e Albert
Dickson, teriam uma votação e aquele que obtivesse a maioria seria
acordado por todos que seria o candidato a presidente. No caso foi
Albert Dickson. Vou manter a minha palavra, palavra de mulher, e cumprir
o que foi pactuado. E cumprirei com segurança e tranquilidade”, afirmou
a professora Eleika Bezerra.
Eleika faz parte do chamado “Grupo dos 20″, composto por 20
vereadores – dos 29 eleitos em outubro – que se reuniram para eleger a
próxima mesa diretora da Casa. O objetivo do grupo é dotar a Câmara de
autonomia em relação ao Executivo Municipal. Na última quinta-feira, o
“Grupo dos 20″ realizou uma eleição interna sob um pacto ajustado com
todos os 20 vereadores presentes. Segundo este pacto, qualquer um
poderia se candidatar a ser candidato a presidente, mas quem quer que
fosse o eleito, receberia o apoio dos demais. Todos aceitaram.
Para a eleição, inscreveram-se Albert Dickson e Júlia Arruda. Venceu
Albert, por 13 votos a sete. A professora Eleika revela que votou em
Júlia Arruda. Todavia, como o pactuado foi todos votarem em quem
vencesse, ela afirma que votará em Albert Dickson. “Inclusive quando
houve a votação dos dois nomes postos, votei na vereadora Júlia, mas o
pacto foi que o resultado seria acolhido por todos os presentes. E
espero que todos os que estavam presentes cumpram com o compromisso”,
afirmou.
Ainda segundo a professora Eleika Bezerra, Albert Dickson “parece ser
uma pessoa ponderada para presidir uma Casa Legislativa”. Indagada se o
perfil de Albert se enquadra no de presidente, ela respondeu que sim.
“Acredito que sim. Parece ser uma pessoa ponderada para presidir uma
Casa Legislativa e a pessoa, para exercer esse cargo, tem que ser
ponderada, porque vai administrar conflitos e posições opostas”,
analisou.
COMPOSIÇÃO
Uma reunião entre os vereadores que compõem o grupo dos 20 estava
agendada para acontecer na tarde de hoje, na residência do vereador
Júlio Protásio. Na oportunidade, seriam discutidos os nomes que
comporiam os demais cargos da mesa diretora da Casa, quais sejam o de
primeiro e segundo vice-presidentes, primeiro, segundo, terceiro e
quarto secretários.
Para o cargo de primeiro secretário, uma espécie de prefeito do
Palácio Frei Miguelinho, estava sendo ventilado o nome da vereadora
Júlia Arruda. Para a professora Eleika Bezerra, trata-se de um “bom
nome” que já demonstrou competência. “Júlia Arruda é uma boa ideia, já
demonstrou competência, tem boa postura e acho que, como primeira
secretaria, se sairá muito bem”, encerrou.
Fonte: Jornal de Hoje. 
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